Dentro da programação das comemorações do centenário do Palácio do Comércio, sede da Associação Comercial de Santos, foi promovido nesta segunda-feira (dia 25), no auditório da ACS, o 2º Encontro Nacional de Integração do Associativismo.
A abertura contou com os presidentes da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Alfredo Cotait, e da ACS, Mauro Sammarco, além de representantes de lideranças de associações comerciais e de governo, e parlamentares.
Cotait agradeceu a presença de todos os participantes do que considerou uma reunião de trabalho e classificou o evento como uma relevante oportunidade para conhecer a ACS, que é a primeira fundada em São Paulo e a quinta do Brasil. “O Mauro Sammarco faz um extraordinário trabalho, por isso escolhemos Santos para sediar esse encontro do grupo do G50+”, destacou.
Associativismo - Mauro Sammarco afirmou que o encontro foi um dia de grandes trabalhos para as associações comerciais. “O desenvolvimento do associativismo é responsável pelo progresso da nossa nação”, destacou.
O deputado federal, Domingos Sávio, presidente da Frente Parlamentar de Comércio e Serviço na Câmara, salientou que a história das entidades do setor produtivo mostra que as associações comerciais contribuem de forma significante com quem empreende, trabalha e produz, puxando o desenvolvimento da nação.
Também participaram da solenidade de abertura, a deputada federal Rosana Valle, o deputado estadual, Paulo Corrêa, e o secretário de Turismo, Comércio e Empreendedorismo de Santos, Thiago Papa.
Cenário político - No painel, o “Cenário Político no Brasil”, o cientista político Fernando Schülher criticou o fato de o Brasil estar “viciado” em políticas de curto prazo, deixando de lado a ideia de sustentabilidade fiscal de longo prazo. “Criamos no País um orçamento parafiscal de R$ 387 bilhões no ano, com regras fiscais que desrespeitam as regras estabelecidas”, ressaltou.
Dois painéis fizeram parte do encontro nacional: Infraestrutura Portuária, Turismo e Desenvolvimento, com o presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, que apresentou os projetos que vão construir o Porto do futuro. “A Associação Comercial de Santos tem papel decisivo sobre o Porto que precisamos, e essa construção passa pelas obras de acesso, entre elas, o túnel imerso Santos-Guarujá, com investimentos totais de R$ 6 bilhões dos governos federal e do Estado”.
O segundo painel abordou Os Desafios das Empresas na Ampliação da Participação no Mercosul e o Papel do Associativismo, com as participações do ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, a presidente do Conselho das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras, Damaris Eugênia, e o presidente da CACB, Alfredo Cotait.
O ministro Márcio França destacou que no Brasil 40% das empresas exportadoras são micro e pequenas empresas, mas elas respondem por apenas 1% do valor exportado. “Precisamos debater o futuro destas empresas que geram empregos. Até o final deste ano, vamos lançar a 2ª etapa do programa Desenrola, para as que ainda não conseguiram se desenrolar o façam”.
Damaris Eugênia defendeu os parceiros comerciais para ajudarem as micros e pequenas empresas nas exportações. “Para as pequenas, são muitas as barreiras, como a falta de conhecimento, inclusive do idioma. Os governos estão fazendo um esforço para capacitá-las a fazer negócios com o comércio exterior”.
À tarde, aconteceu a reunião do G50+, grupo criado pela CACB que reúne presidentes de associações comerciais e empresários de todo o País, da CACB.